quinta-feira, 29 de julho de 2010

Polícia diz que inquérito do caso Eliza foi concluído

A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu, no fim da tarde desta quinta-feira (29), o inquérito sobre o desaparecimento de Eliza Samudio. Segundo nota publicada pela assessoria de imprensa da corporação, o inquérito tem oito volumes, com cerca de 1.600 páginas e três anexos. O documento deverá ser encaminhado ao Ministério Público Estadual na sexta-feira (30).
O goleiro Bruno de Souza foi indiciado por homicídio, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menores. De acordo com a polícia, devem responder pelos mesmos crimes Luiz Henrique Ferreira Romão (conhecido como Macarrão), Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, Dayane Souza (mulher de Bruno), Elenilson Vitor da Silva, Sérgio Rosa Sales (primo do atleta) e Fernanda Gomes de Castro (amante do goleiro).
A polícia disse que o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola e Paulista, foi indiciado por homicídio qualificado, formação de quadrilha e ocultação de cadáver.



Dos nove indiciados, Fernanda é a única que está em liberdade. Todos os outros estão presos na Região Metropolitana de Belo Horizonte e negam o crime.
O advogado Ércio Quaresma, que coordena a defesa de Bruno, Macarrão, Dayanne, Flávio, Wemerson e Elenilson, disse que todos os seus clientes negam o crime. O advogado Zanone Oliveira Junior, que representa Bola, também diz que o ex-policial não teve participação.


  advogado Marco Antônio Siqueira, que defende Sales, disse que seu cliente foi apenas testemunha. Sales já disse, em depoimento, que viu Eliza machucada no sítio de Bruno, em Esmeraldas (MG), e que ouviu outros suspeitos comentarem sobre a morte da jovem.
Na semana passada, Fernanda admitiu que viajou com Bruno do Rio de Janeiro até Minas Gerais, na época em que Eliza desapareceu. Ela disse que Macarrão, amigo do goleiro, acompanhou o casal. Mas afirmou que não teve contato com Eliza.

Advogados comentamFrederico Franco, advogado que trabalha com Ércio Quaresma, disse que a equipe ainda vai analisar o inquérito e aguardar posicinamento do Ministério Público, que pode fazer a denúncia à Justiça ou devolver o documento para a polícia.
O advogado classificou o inquérito como "natimorto". “[O inquérito] não tem provas, vai nascer e vai morrer e todos irão para a rua.”
O advogado Zanone Oliveira Junior disse que já esperava o indiciamento de seu cliente, Bola, e foi irônico ao comentar a conclusão do inquérito policial. "O inquérito vai sair das mãos do [delegado] Edson Moreira, que maravilha! Demorou para isso acontecer. Agora a pressão vai diminuir e advogados vão parar de ser barrados na porta do Departamento de Investigações”, afirmou o defensor.

arco Antônio Siqueira, que representa Sérgio Rosa Sales, reafirmou que seu cliente "não participou" dos crimes. “Eu fiquei surpreso por ele ter sido indiciado, pois tudo o que vi no depoimento é que ele não teve nenhuma conduta delitiva", comentou. "Continuo confiante de que quando o promotor analisar a situação do Sérgio, ele não vai oferecer denúncia e apenas vai aproveitá-lo como testemunha”, falou. "O indiciamento não significa que a pessoa vai ser condenada. Cabe ao promotor dizer qual crime a pessoa cometeu." Em resposta aos advogados, a assessoria de imprensa da Polícia Civil disse que o trabalho dos delegados já foi concluído e agora a análise do inquérito deve ser feita pelo Ministério Público.

Pais de ElizaO advogado Sérgio Barros da Silva, que representa Luiz Samudio, pai de Eliza, afirmou ao G1 que seu cliente ficou “satisfeito” com o indiciamento de Bruno e dos outros suspeitos. “Está dentro do que esperávamos, eles [suspeitos] foram indiciados por vários crimes. Apesar de ter todos os elementos para um indiciamento por tortura também, já que Eliza foi espancada, não há muitas provas. Esse caso fica a critério do Ministério Público agora, que pode sim entender que houve tortura”, disse.
A advogada Maria Lúcia Borges Gomes, que representa Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza, disse ao G1 que sua cliente preferiu não comentar a conclusão do inquérito.

MenorO menor que foi detido na casa de Bruno, no Rio de Janeiro, em 6 de julho, permanece em um centro de internação provisória, em Belo Horizonte.
Ele participou de uma audiência de instrução, na semana passada, no Juizado da Infância e da Juventude de Contagem (MG). De acordo com o advogado Eliézer Jônatas de Almeida Lima, que representa o adolescente, o promotor Leonardo Barreto Moreira Alves pediu a internação do menor, alegando envolvimento em atos infracionais análogos a sequestro, cárcere privado e homicídio.
O advogado entregou a defesa de seu cliente ao juiz Elias Charbil, na última segunda-feira (26). Lima argumenta que que o menor foi chamado por Macarrão apenas para "dar um susto" em Eliza, e não sabia que se tratava de um sequestro. O defensor disse ainda que não há provas de que a jovem foi assassinada. A Justiça ainda não divulgou a decisão.
QuestionárioMais cedo, nesta quinta-feira, os oito suspeitos presos foram levados ao Departamento de Investigações (DI), em Belo Horizonte.

Dayanne foi a primeira a chegar. Pouco depois, outros nove carros pararam na delegacia. Eles transportavam seis suspeitos que estão presos no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, incluindo o atleta. Todos vestiam os uniformes da unidade prisional. Sales, que está preso no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) de São Cristóvão, também foi levado ao DI.
O delegado Edson Moreira disse que os suspeitos seriam "identificados criminalmente".
A assessoria da polícia informou que a identificação criminal é um procedimento realizado normalmente quando o inquérito vai ser encerrado. Os investigadores teriam registrado fotografias e as impressões digitais dos suspeitos.
Mas a advogada Cintia Ribeiro, representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) que acompanha o caso, estranhou a iniciativa. "Não existe indiciamento, então não existiria necessidade de colher essa prova", disse ela.
Depois da confusão, a polícia disse que os suspeitos responderam a um questionário sobre a vida pregressa, com informações pessoais e sociais, como local de trabalho, renda e doenças crônicas.
Os oito presos ficaram na delegacia durante seis horas. Na saída, o goleiro Bruno apareceu de visual novo. Ele teve o cabelo cortado dentro do presídio.
Entenda o casoNascida em Foz do Iguaçu (PR), Eliza Samudio se mudou para São Paulo e posteriormente para o Rio. Em 2009, teve um relacionamento com o goleiro Bruno, engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O bebê nasceu no início de 2010 e, agora, está com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.
A polícia mineira começou a investigar o sumiço de Eliza em 24 de junho, depois de receber denúncias de que uma mulher foi agredida e morta perto do sítio de Bruno.
A jovem falou pela última vez com parentes e amigas no início de junho.
O corpo de Eliza não foi encontrado. Mas os delegados consideram a jovem morta.

domingo, 4 de abril de 2010

Aluna detida por rabiscar na carteira processa a polícia de NY

Uma estudante nova-iorquina de 12 anos que foi detida e algemada por ter rabiscado na carteira entrou com processo contra a polícia e pede uma compensação de um milhão de dólares.







Os advogados de Alexa Gonzalez consideram que a polícia usou de abuso de poder e violou os direitos da adolescente durante o incidente, que aconteceu em fevereiro em um colégio do bairro de Queens, informa o jornal Daily News neste domingo (4).






Moraima Camacho, mãe da aluna, explicou que a filha escreveu apenas "amo minhas amigas Abby e Faith" com tinta verde lavável, mas os professores levaram a adolescente à diretoria.


A polícia foi chamada e algemou a jovem antes de levá-la para a delegacia, onde Alexa permaneceu com as mãos atadas a uma barra metálica durante quase duas horas, afirma a ação contra a polícia e a escola.


"Tudo isto foi um pesadelo", conta Moraima Camacho ao jornal. As autoridades municipais não foram encontradas para comentar o caso.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Dourado é o grande vencedor do BBB 10







O gaúcho Dourado, de 37 anos, é o grande vencedor do Big Brother Brasil 10, com 60% dos votos. O lutador, que já havia participado da quarta edição do reality show, leva para casa o prêmio de R$ 1,5 milhão. Antes de chegar à final do BBB 10, Dourado passou por cinco Paredões, sendo o último deles contra um de seus principais adversários no jogo, o maquiador Dicesar. Na final - que bateu o recorde mundial de votos em reality shows, com mais de 154 milhões de votos - Dourado venceu Fernanda e Cadu, que ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente. 



Relembre a trajetória de Dourado

Dourado também havia participado do BBB 4 e retornou à casa mais vigiada do Brasil pelas mãos de Joseane, outra ex-participante do programa escalada para o BBB 10, que tinha que escolher entre o lutador e o ex-BBB Rafael. Ainda na primeira semana de confinamento, Joseane também agraciou Dourado com o colar no Anjo, o que valeu à sister a ida ao primeiro Paredão e sua eliminação do jogo.

Presenteado pelo público com o Poder Supremo, que lhe garantia o direito de mudar a decisão do líder, do Anjo, da casa ou do Big Fone, Dourado trocou de lugar com Eliéser e escapou do Paredão que resultou na eliminação de Alex.
O lutador também cumpriu um Castigo do Monstro ao lado de Angélica, pulando amarelinha vestido de criança. Dias depois, ganhou a Prova do Anjo e venceu nova votação popular, que desta vez lhe valeu um carro zero quilômetro.

Algumas polêmicas marcaram a estadia de Dourado na casa mais vigiada do Brasil. Com Dicesar, ele viveu uma relação conturbada, repleta de aproximações e desentendimentos. Certa vez, em conversa com Eliane, o maquiador chamou Dourado de ‘homofóbico’. Com outro homossexual da casa, Sérgio, Dourado se estranhou e se disse incomodado com papos do estudante sobre sexualidade na mesa de jantar. Sérgio declarou que Dourado ofendeu a sexualidade dele, mas os dois se entenderam pouco tempo depois.

Já com Angélica, as relações foram rompidas. Após insinuar para Dourado que ele teria “dois pesos e duas medidas” e contar sobre o papo para alguns brothers, a sister se tornou desafeto do gaúcho, que afirmou não querer mais olhar na cara dela. O sentimento, pelo menos, foi recíproco. “Pra mim você não está nem mais na casa”, Angélica disse a Dourado.

Com Anamara, a briga aconteceu após ele receber o voto dela no confessionário, numa semana em que baiana comentou que ele não era sua opção. Dourado chamou a sister de “cínica” e “hipócrita” e a ouviu dizer que votaria nele até o final do programa.

A última semana de Dourado na casa mais vigiada do Brasil foi intensa. Na terça-feira passada, após a eliminação de Anamara, houve novo desentendimento com Dicesar. “O Brasil vai fazer você calar a boca”, o maquiador disse, bastante alterado, enquanto Dourado vibrava com a permanência de Lia. O lutador devolveu a provocação, chamando Dicesar de “puxa-saco e mentiroso”. No dia seguinte, o gaúcho foi conhecer uma fábrica de chocolates. Na sexta-feira, em brincadeira realizada dentro da casa.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Escudo Dourado' chinês causou bloqueio ao YouTube e ao Twitter no Chile

Na semana passada, três provedores no Chile e um provedor na Califórnia estavam impedindo seus usuários de acessar os sites YouTube, Facebook e Twitter. Tudo indica que o responsável pelo problema foi o programa de censura da internet chinesa, o “Escudo Dourado”, que também impede os internautas chineses de acessarem esses mesmos endereços. O modo no qual a censura chinesa vazou para os outros países você confere na coluna Segurança para o PC de hoje.

Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados etc.), vá até o fim da reportagem e deixe-a na seção de comentários. A coluna responde perguntas deixadas por leitores todas as quartas-feiras.



Para entender o que aconteceu, é necessário algum fundamento sobre como a rede funciona. Como o nome sugere, a internet é uma ligação de redes e é também uma teia. Seu provedor é uma rede da qual você passa a fazer parte quando se conecta. Seu provedor tem conexão com outros provedores, que têm conexão com outros provedores e assim por diante. No final das contas, todo mundo tem algum meio de chegar a qualquer outro ponto da teia, passando pelos demais provedores.

Porém, antes de chegar no seu computador especificamente, os dados passam pela rede de vários outros provedores.

João está no provedor A. Maria está no provedor B. Os provedores A e B têm conexão com o provedor C, mas não têm conexão direta entre si. Um arquivo que João envia para Maria precisa passar pelo provedor dele (o A), o provedor C, para então chegar ao provedor B da Maria e finalmente no computador dela. Às vezes, uma conexão precisa passar por vários outros provedores antes de chegar ao destino. A situação aqui descrita ainda está bem simplificada.

Cada uma dessas redes de provedores recebe o nome de sistema autônomo (autonomous system – AS). Se você quiser abrir um provedor, você precisa solicitar um bloco de endereços IP para colocar neles os seus serviços e a conectividade dos usuários. Este bloco que você vai receber será um “AS”. É a conectividade entre os vários ASs é que fazem a internet.

Cada AS tem na “fronteira”, como acesso, um dispositivo chamado “roteador”. É ele que sabe onde fica cada endereço IP dentro de sua rede para encaminhar os dados que recebe. Assim, ele tem acesso a tudo que chega e sai. Os IPs de uma AS são na maioria das vezes contínuos.

“Treze” servidores raiz
O sistema de nomes de domínio (DNS) é responsável por traduzir “nomes” como “globo.com” em endereços de internet (IP), porque somente o IP é que realmente pode permitir que um computador acesse outro na internet. O DNS funciona como o famoso “102” (auxílio à lista): você pede um nome, ele retorna um número.

Há aqui duas questões conflitantes. Primeiro, alguém precisa manter a lista. Precisa ser algo “central”. Por outro lado, se for centralizado, a infraestrutura da rede não iria aguentar – são muitos usuários. Por esse motivo, o DNS funciona em camadas. Quando você acessa “globo.com”, você teve que passar por três camadas: a raiz, a “.com” e a “globo dentro da .com”.

A raiz também é conhecida simplesmente como “.”. Tente acessar algum site colocando um ponto depois do .com, como em http://pt.wikipedia.org./. Os navegadores custam remover esse ponto, porque ele está, na verdade, em todos os sites que acessamos.

A raiz funciona com “13” servidores: A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M (esses são os nomes técnicos). A aspas no “13” é que, embora pareçam ser apenas 13, na verdade eles são muito mais do que isso, porque muitos deles são distribuídos usando um protocolo chamado Anycast.

Em 2006, esses “13” eram mais de 120. Hoje, devem ser ainda mais. 


Mais de um computador com o mesmo endereço IP. É isso que o anycast permite. Entre todos os computadores que compartilham o mesmo endereço, o anycast “escolhe” aquele que fica mais próximo de você. Literal e fisicamente. Com isso, o acesso fica mais rápido (porque o computador a ser acessado está mais perto) e a carga de acessos fica distribuída entre todos os computadores que compartilham aquele IP.

Um endereço IP de um servidor raiz pode estar localizado em mais de um lugar do mundo, ou seja, em vários e diferentes “ASs”.

O servidor raiz I, que é operado por um provedor na Suécia, tem um servidor espelho localizado em Pequim, na China, onde vigora a censura do Escudo Dourado.

Desvio de DNS do Escudo Dourado
Por algum motivo, a China entende que é uma boa ideia realizar a filtragem não apenas nos servidores de DNS do país, mas nas redes inteiras. Os equipamentos que ficam nas “fronteiras virtuais” chinesas inspecionam cada conexão que chega. Se alguma se parece com uma solicitação pelo IP do Facebook, por exemplo, a “rede” em si – e não qualquer computador específico – responde a solicitação com um endereço falso.

Agora, o que acontece quando o Anycast achar que, por algum motivo, o servidor na China é o mais adequado para responder as solicitações? A rede chinesa ficará muito contente em não apenas bloquear qualquer solicitação pelo endereço do Facebook, do Twitter e do YouTube, mas também responder com um endereço falso e inacessível.

Isso significa que os servidores raiz que ficam na rede chinesa estão simplesmente condenados – a qualquer momento um novo site pode ser bloqueado e respostas falsas para outros endereços vão começar a aparecer. 
 
 



                                                                                                                                                                              
 
 
Xiaodong Lee, que é diretor de tecnologia do CNNIC, que abriga a cópia do servidor raiz I em Pequim, disse que o órgão não realiza nenhuma interceptação de conexões. O detalhe, porém, é que várias partes da rede chinesa, e não apenas a do CNNIC, realizam a censura. A situação pode estar totalmente fora do controle do sistema “autônomo” do CNNIC. Um provedor do CNNIC, provavelmente controlado diretamente pelo governo, é que pode estar realizando o desvio das conexões. 





          O provedor sueco que opera o servidor raiz I disse que o endereço Anycast chinês não está mais sendo enviado para a internet.

O especialista em DNS Hauke Lampe opinou na web que “a China não é um lugar útil para qualquer tipo de serviço de DNS que será acessado de outros lugares (na minha opinião, sua experiência pode ser outra, mas eu desisti)”.

Devido à maneira que o Anycast funciona, não é surpreendente que, às vezes, um endereço de qualquer outro lugar possa ser escolhido como o “mais próximo”. A rede não é infalível. Porém, os servidores raiz devem sempre responder com a mesma informação, independentemente de onde estão. Os servidores chineses simplesmente não podem fazer isso, pois a rede em si se encarrega de censurá-los.

É como se um e-mail que você recebesse fosse antes lido pelo seu provedor, que poderia respondê-lo e apagá-lo sem que você saiba da mensagem recebida. É isso que acontece na China, mas é algo feito em tempo real pelos equipamentos de rede do país. Está fora do controle dos operadores das redes inferiores, porque é bem provável que um AS superior – que dá conectividade aos outros – é que esteja fazendo isso.

Voltando ao nosso exemplo do início da coluna, é como se o provedor C, que fica entre os provedores A e B de João e Maria, estivesse alterando as mensagens que os dois trocam. A e B não podem fazer nada além de achar outro provedor que possa substituir C. E, quem sabe, é mesmo hora do provedor sueco responsável pelo I achar outro lugar para colocar seu servidor chinês.

A coluna Segurança para o PC de hoje fica por aqui. A análise do Pwn2Own, prometida para hoje, fica para a próxima segunda-feira (5). Na quarta-feira (31) é dia de pacotão de respostas. Se algo não ficou claro a respeito do funcionamento da rede, ASs e DNS, fique à vontade para perguntar, na seção de comentários abaixo. Até a próxima!

* Altieres Rohr é especialista em segurança de computadores e, nesta coluna, vai responder dúvidas, explicar conceitos e dar dicas e esclarecimentos sobre antivírus, firewalls, crimes virtuais, proteção de dados e outros. Ele criou e edita o Linha Defensiva, site e fórum de segurança que oferece um serviço gratuito de remoção de pragas digitais, entre outras atividades. Na coluna “Segurança para o PC”, o especialista também vai tirar dúvidas deixadas pelos leitores na seção de comentários.

domingo, 28 de março de 2010

Menino morto em campo nazista tem quase 5 mil 'amigos' no Facebook

Henio Zytomirski, um menino judeu assassinado na Polônia pelos nazistas há 70 anos no campo de concentração de Majdanek, sorri em uma velha foto no Facebook, e o seu perfil, criado para lembrar o Holocausto, já conta com quase cinco mil "amigos".


Com calças curtas e sapatinhos brancos, o menino congelado no tempo recebe mensagens que se acumulam em seu mural. Os internautas comentam as fotografias de Henio, que nasceu na cidade polonesa de Lublin em 1933, onde viveu até a invasão alemã.
                                                                                                                 






"Não temos medo de receber críticas por criar um perfil de um menino assassinado durante a guerra. Não achamos que isso seja um abuso", declarou à Agencia Efe o autor da página, Piotr Brozek, estudante de história e membro da associação cultural da Província de Lublin "Porta de Grodzka".


"Não pretendemos utilizar a história de Henio para o nosso próprio benefício, mas queremos aproximar essa história e o drama do Holocausto dos jovens que hoje usam as novas tecnologias e as redes sociais", diz Brozek.


A ideia nasceu no verão passado, quando a prima de Henio, Neta Zytomirski, que mora hoje em Israel, entregou um pacote de fotografias velhas aos membros do "Porta de Grodzka", um coletivo que luta contra o racismo e busca manter viva a lembrança do Holocausto através da arte.


"Infelizmente não podemos contar seis milhões de histórias (o número de vítimas do Holocausto na Europa), portanto escolhemos a de Henio porque tínhamos essas fotos, embora sua história seja muito comovente", afirma o autor do perfil.


A ideia foi um sucesso e os comentários se amontoam no perfil de Henio Zytomirski. São 35 fotografias em preto e branco que percorrem a curta vida do menino - nos braços de seu pai Moisés, durante a celebração do seu segundo aniversário, os jogos nas ruas de Lublin...-, até a última imagem, em que se acredita que ele estivesse com sete anos.


"Tenho sete anos, tenho papai e mamãe, e tenho meu lugar favorito. Nem todos têm papai e mamãe, mas todos têm um lugar favorito. Hoje decidi que ficarei para sempre em Lublin, em meu lugar favorito, com meu papai e minha mamãe", diz a apresentação de Henio no Facebook.

  Câmara de gás
Para o jovem historiador e "pai" de menino na Rede, "contar a história em primeira pessoa serve para envolver mais as pessoas, que assim se sentem mais próximas aos eventos".


Uma história que terminou no campo de concentração nazista de Majdanek, nos arredores de Lublin, leste da Polônia, onde foram parar a grande maioria dos judeus poloneses da região, incluindo Henio e sua família, onde esta criança perdeu a vida nas câmaras de gás, possivelmente em 1942.


"Por enquanto Henio tem quase cinco mil amigos, o limite máximo de amigos que se podem ter no Facebook - explica o autor -, portanto temos que claro que faremos algo mais na internet".


Esta espécie de museu virtual em que se transformou o perfil de Henio atrai cada vez mais curiosos que querem conhecer a história de uma criança transformada no símbolo da destruição da comunidade judaica de Lublin. Antes da Segunda Guerra Mundial 40% da população da cidade era formada por judeus.


Campos de concentração como os de Majdanek, onde foram assassinadas cerca de 80 mil pessoas, acabaram para sempre com aquela Lublin em que Henio sorri agora graças ao milagre atemporal do Facebook.
                                           

Remédio que 'cura' câncer ainda está longe das farmácias, diz pesquisadora

Na última semana, cientistas da Harvard Medical School, nos EUA, mostraram ao mundo que encontraram o caminho para envelhecer e matar células do câncer apenas com a desativação de um gene – sem o uso de remédios fortes, como  quimioterápicos, evitando efeitos colaterais já tão conhecidos no tratamento de tumores.

A pesquisa, feita em camundongos e em estágio inicial em humanos, trouxe ansiedade para a uma possível cura do câncer, mas especialistas explicam que não é tão simples fazer uma descoberta se transformar em remédios.













“É um processo de longo prazo. É bem provável que demore anos”, conta a bióloga brasileira Luciana Andrade, que pesquisa células cancerígenas em seu pós-doutorado na Universidade da Califórnia, em San Diego, nos EUA.

Segundo Andrade, a descoberta de Harvard é importante, pois os cientistas conseguiram descobrir um “ponto fraco” das células cancerígenas, e agora abrem caminho para possíveis remédios que agem exclusivamente contra os tumores, praticamente sem efeitos colaterais.


A bióloga adverte, contudo, que os testes foram feitos em animais, e apenas para o câncer de próstata. Em outros tipos de câncer, o efeito da desativação do gene Skp2, como foi feito em Harvard, poderia ter outro efeito. “Cada órgão do corpo humano pode originar um tumor diferente”, conta a pesquisadora.


Tumor paralisado
O “desligamento” do gene Skp2, segundo a pesquisa divulgada na semana passada, faria com que as células dos tumores parassem de se reproduzir, impedindo que o câncer crescesse ou se espalhasse para outros órgãos – processo conhecido como metástase, que muitas vezes transforma o câncer em doença incurável. “O que mata é a metástase”, conta Luciana.

Superada a etapa de barrar a reprodução das células, ainda sobra um desafio para os médicos: o que fazer com um tumor maligno paralisado? “Ela [a célula cancerígena] pode ser removida pelo sistema imune ou não, ela pode morrer ou não. Ainda não se sabe dizer como isso ocorre. Mas conseguir controlar o crescimento de um tumor já é um tremendo avanço”, afirma a bióloga.

Papa não vai renunciar, diz cardeal britânico

O líder da Igreja Católica na Inglaterra e no País de Gales, o arcebispo de Westminster, Vincent Nichols, disse à BBC que o papa Bento 16 não vai renunciar ao cargo diante da série de escândalos de abuso sexual infantil envolvendo clérigos em vários países.

Em entrevista neste domingo ao programa Andrew Marr Show, Nichols disse que não existe nenhum "motivo forte" para uma renúncia.













"Pelo contrário, ele é, entre todos nós, quem vem combatendo esses problemas", afirmou o arcebispo.

Segundo Nichols, também foi Bento 16 quem introduziu mudanças nas leis da Igreja para proteger crianças.

"Ele mudou a lei para que ofensas sexuais cometidas contra qualquer pessoa menor de 18 anos passassem a ser consideradas crime dentro da lei da Igreja", explicou.

  Mais defesas

Nichols reconheceu como sendo "justificável" a "a irritação e a consternação" sobre o possível acobertamento dos casos de abuso sexual por padres.

Mas disse que as acusações do envolvimento do papa são "sem fundamento".

"Nos documentos da Santa Sé não há nada que impeça bispos de reportar os crimes à polícia", afirmou. "Aliás, desde 2001, a Santa Sé tem pedido constantemente para que os bispos façam isso."

No sábado, um importante membro do Vaticano, o cardeal Walter Kasper, que chefia o conselho ecumênico da Igreja Católica, também defendeu Bento 16.

Kasper disse ao jornal italiano Corriere della Sera que foi o papa quem tomou atitudes que levaram ao processamento de vários casos de suspostos abusos sexuais por padres, quando ainda chefiava a Congregação para a Doutrina da Fé como cardeal Joseph Ratzinger.

Apesar da defesa dos cardeais, Bento 16 segue sendo criticado em vários países por causa dos escândalos e tem sido pressionado por ativistas a renunciar.

A polêmica em torno da Igreja Católica voltou à tona na semana passada, depois que o jornal americano The New York Times publicou uma reportagem dizendo que, em 1996, o cardeal Joseph Ratzinger, que veio a se tornar o papa Bento 16 em 2005, não respondeu a cartas vindas de clérigos americanos acusando um padre do Estado do Winsconsin de abusar sexualmente de até 200 menores deficientes auditivos.

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