A indicação de Alírio na CPI era do bloco PMDB/PPS, que pediu que ele deixasse a vaga. Alírio é o único representante do PPS na Casa e está pressionado por seu partido, que quer explicações pelo fato de ele ter encerrado a CPI –o que negou ter feito.
No requerimento que pede a substituição de Alírio, lido pelo presidente interino da Câmara Legislativa, Cabo Patrício (PT), a liderança do PMDB diz que indica o “nome do deputado Geraldo Naves para ocupar a presidência da CPI”.
Todos os três peemedebistas da Câmara Legislativa –Eurides Brito, Rôney Nemer e Benício Tavares– são citados no inquérito da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que investiga um suposto esquema de corrupção no governo. Por isso, não podem, por decisão judicial, participar de qualquer processo relacionado a um eventual impeachment do governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM).
O novo membro da CPI é amigo declarado de Arruda e é filiado ao ex-partido dele –que, na semana passada, reiterou apoio ao governo do DF. O vice-governador, Paulo Octávio, citado no suposto esquema do mensalão do DEM, também é do partido. Paulo Octávio nega envolvimento com o caso.
Agora, a CPI tem dois membros do DEM – Naves e Eliana Pedrosa, ex-secretária de Arruda –, um do PRP (o vice Batista das Cooperativas), um do PSDB (o relator e ex-secretário de Justiça do governador, Raimundo Ribeiro) e um do PT (o deputado Paulo Tadeu).
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