A Delegacia de Homicídios começou a analisar as imagens nesta quinta-feira (12). O vídeo, apreendido pela polícia na quinta (11), foi gravado na madrugada do crime. De acordo com a polícia, a intenção é encontrar o motorista do táxi para reconstituir os últimos passos de um dos fundadores do grupo de teatro.
Segundo peritos, o táxi pertence à frota de uma cooperativa. Fred Pinheiro, como era conhecido, teve a garganta cortada por um estilete que foi deixado ao lado do corpo. Segundo a polícia, o desaparecimento do diretor já tinha sido informado há alguns dias na 15ª DP (Gávea).
O diretor participou de uma reunião no Vidigal que acabou na madrugada de terça-feira. Ele teria saído por volta das 1h30 em uma van para Copacabana, Zona Sul. Foi a última vez que foi visto. Segundo os policiais, quem matou o diretor era conhecido dele. Ainda de acordo com a polícia, o resultado do exame toxicológico deu negativo.
Fred Pinheiro foi um dos fundadores do grupo, criado em 1986 na favela do Vidigal, na Zona Sul do Rio. O grupo é uma associação cultural sem fins lucrativos e tem como objetivo levar arte e cultura para a população do morro.
O corpo do diretor José Frederico Pinheiro foi enterrado na última quinta-feira no jazigo errado no cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Segundo a viúva do diretor, Ivana, o corpo de Fred teria que ter sido sepultado no jazigo número 7909, que pertence à família de Frederico. Lá já estão enterrados o pai e a mãe do diretor.
O corpo dele foi enterrado primeiramente no jazigo de número 7906, segundo Ivana. “Quando percebemos o erro fomos na administração e pedimos para refazerem o sepultamento. Então eles sepultaram de novo”, contou a viúva, acrescentando que muita gente acompanhou o segundo sepultamento do corpo.
Ivana contou que não houve nenhum tipo de desacordo com a administração do cemitério, e que eles atenderam ao pedido prontamente, enviando funcionários para desfazer o engano.
Dúvidas
Inconformados, nem os amigos nem a família desconfiam de qual seria a causa da morte de Fred. “Fica uma interrogação enorme e uma dor no peito”, disse o diretor Guti Fraga. Ele era parceiro de trabalho de Fred desde 1985, quando o convidou para fundar o Nós do Morro.O ator Jonathan Haagensen, que ficou conhecido depois do filme “Cidade de Deus” e também é integrante do Nós do Morro, lembrou com carinho do companheiro de grupo: “Ele era muito tranquilo, super reservado e dava atenção para todo mundo”.
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