quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Número de falências cai ao menor nível em quatro anos
A quantidade de empresas que decretaram falência em 2009 foi o menor desde a implantação da Nova Lei de Falências, que ocorreu em junho de 2005. Ao todo, foram 908 decretos de falência no Brasil. O dado é do Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações, divulgado nesta quinta-feira (7). A entidade credita a queda do número de empresas falidas à recuperação econômica, iniciada em março de 2009, e ao crescimento da economia brasileira a partir do último trimestre do ano. As microempresas continuam com a liderança entre as firmas que mais faliram. Em 2009, houve 831 falências decretadas no setor, o que representa 91,5% do total. Embora o índice de quebra deste tipo de empresa seja exorbitante, o percentual é o mais baixo em quatro anos. Em 2008, esta relação era de 92,2%; em 2007, de 95,5%; em 2006, de 95,2% e, em 2005, de 97,7%.Por outro lado, na comparação com 2008, cresceu o número de falências das médias e grandes empresas no ano passado. Quanto às médias empresas, houve um aumento no número de decretos (seis a mais que 2008), o que evidencia, segundo o Serasa Experian, que as corporações desse porte sofreram mais com a crise, sobretudo, por causa da recessão nos mercados internacionais e da valorização do real.Pedidos de falência Em 2009, aumentaram as solicitações de falência. Foram 2.371 pedidos (sendo 1.512 de micro e pequenas empresas), contra 2.243 em 2008. Segundo o Serasa Experian, os requerimentos de falência foram muito utilizados no ano passado como instrumento de cobrança ou porque as empresas tiveram dificuldades para obter crédito por causa das incertezas geradas pela crise financeira global.Recuperações judiciais Assim como os pedidos de falência, as solicitações de recuperação judiciais também aumentaram. Foram 670 pedidos de recuperação judicial no ano passado - 365 deles de micro e pequenas empresas – contra 312 requerimentos em 2008. Para os economistas do Serasa Experian, o instrumento foi uma alternativa muito utilizada em 2009 pelas empresas em dificuldades, para evitarem a falência. 2010 A Serasa Experian espera uma diminuição das falências e recuperações neste ano. Para os economistas, o crescimento maior da economia, a recuperação do crédito para empresas e melhores condições de prazos e custos devem contribuir para o novo cenário.
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